A escoliose idiopática é uma condição que afeta aproximadamente 3% da população mundial entre 0 e 18 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso representa mais de 50 milhões de crianças globalmente, sendo mais de 1,6 milhões no Brasil.
O Mês Nacional de Conscientização sobre a Escoliose, celebrado em junho, tem como objetivo principal aumentar a educação, detecção precoce e conscientização sobre a escoliose e sua prevalência. O dia 27 de junho é especialmente significativo, pois é o Dia Internacional da Conscientização sobre a Escoliose Idiopática. Durante este mês, a campanha une pacientes, familiares, médicos, clínicos, instituições e empresas em redes colaborativas para promover a conscientização.
Quem pode ser afetado pela escoliose?
A escoliose é uma condição surpreendentemente comum que pode afetar crianças, adolescentes e adultos de todas as raças, classes sociais e sexos. No entanto, a escoliose idiopática é mais comumente observada em adolescentes em fase de crescimento, em especial meninas.
Importante dizer que idiopática significa ‘sem causa definida’, assim, os estudos e pesquisas ainda não conseguem apontar com certeza o que provoca essa condição.
Como identificar a escoliose:
Os sintomas e sinais de alerta da escoliose podem variar dependendo do grau de curvatura da coluna vertebral e do que causou a condição. No entanto, existem alguns sinais comuns que podem indicar escoliose, são eles:
– Ombros ou quadris desalinhados
– Proeminência de uma escápula
– Inclinação do corpo para um lado
– Costas arqueadas
Diagnóstico e tratamento
O Teste Adams é um dos métodos mais eficientes no diagnóstico precoce da escoliose. Ele é indolor, não invasivo e realizado durante a consulta médica. Nele o paciente faz o movimento de se curvar para frente, com os pés juntos, de maneira que seus joelhos não fiquem dobrados. O médico então olha a superfície das costas da pessoa, se um lado das costas ficar mais to do que o outro, pode ser um sinal de escoliose.
Embora não tenha cura, existem diversas formas de tratamento e sua eficácia depende do diagnóstico precoce. Conheça algumas das opções de tratamento:
Observação: consiste no no monitoramento cuidadoso da condição ao longo do tempo, observando se há ou não progressão da curva.
Uso de coletes: O colete ortopédico é uma opção para pacientes que ainda estão em fase de crescimento e têm curvas de moderadas a significativas que demonstram risco de piorar, essa forma de tratamento tem o objetivo de prevenir a progressão da curva.
Evidências científicas mostram que o uso do colete é eficaz no tratamento da escoliose. De três crianças tratadas com colete, uma é retirada da fila de cirurgia.
Fisioterapia: A fisioterapia é parte valiosa do plano de tratamento, pois pode ajudar a fortalecer os músculos ao redor da coluna, melhorar a postura e aliviar a dor.
Cirurgia: Cerca de 10% dos pacientes com escoliose necessitarão de tratamento cirúrgico, e quanto mais cedo o diagnóstico, menor a chance de cirurgia. É o método de tratamento usado para curvas avançadas (geralmente acima de 45°) ou quando a curva está piorando rapidamente e não responde a outros tratamentos, visando reduzir a gravidade da curva e prevenir sua progressão no futuro.
A conscientização é essencial!
A escoliose é frequentemente silenciosa e progressiva, o que torna a informação a principal ferramenta contra essa condição. A conscientização sobre a escoliose idiopática é essencial para garantir que mais crianças sejam diagnosticadas precocemente e recebam o tratamento adequado.
Por isso, o rastreamento da escoliose nas escolas é uma medida defendida por muitos especialistas, pois amigos e familiares, bem como prestadores de cuidados primários, podem ser os primeiros a identificar os sinais e sintomas da doença.
A campanha Junho Verde desempenha um papel vital na educação e na promoção de redes colaborativas que podem fazer uma diferença significativa na vida de muitas pessoas afetadas pela escoliose!
Aproximadamente uma em cada seis crianças diagnosticadas com escoliose necessitará de tratamento ativo, que pode incluir cirurgia. O diagnóstico precoce é crucial para iniciar um tratamento que possa prevenir complicações mais graves.
